Aeroportos de Congonhas e de Guarulhos operam normalmente, mas há 8 voos cancelados
13/12/2025
(Foto: Reprodução) Justiça manda Enel religar energia imediatamente para quem foi prejudicado com o apagão
Após dias de caos com inúmeros voos cancelados em razão do vendaval na Grande São Paulo, os aeroportos de Congonhas, na Zona Sul da capital, e o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, operam, pelo segundo dia consecutivo, normalmente neste sábado (13).
Ainda assim, em Congonhas há 5 chegadas e 3 partidas canceladas de voos programados para até as 14h, segundo a Aena. A concessionária orienta que os passageiros com viagens programadas verifiquem a situação de seus voos diretamente com as companhias aéreas antes de se deslocarem ao aeroporto.
Em Guarulhos, o painel de chegadas e partidas não mostrava nenhum voo cancelado por volta das 10h30.
Mesmo assim, os reflexos do caos aéreo ainda deverão ser sentidos por aeroportos de todo o país nos próximos dias, inclusive em cidades onde o clima está estável.
Isso porque toda a malha aérea brasileira funciona em regime de rotação contínua, o que significa que um avião retido em Congonhas leva ao cancelamento do voo seguinte, que, por sua vez, operaria outro trecho em outro estado, criando “cancelamentos em cascata” (leia aqui).
De acordo com balanço da Enel das 10h, há ainda 468 mil imóveis na Grande São Paulo às escuras em razão do vendaval que atingiu a região desde quarta (10). Só na cidade de São Paulo, cerca de 345 mil continuam sem luz. Na capital paulista, há um temor entre moradores de que a chuva prevista para este sábado dificulte ainda mais a normalização da situação.
Na noite de sexta-feira (12), a Justiça de São Paulo determinou que a concessionária Enel restabeleça imediatamente o fornecimento de energia para os consumidores afetados pelo apagão que atinge a capital paulista e a região metropolitana. A decisão também prevê multa de R$ 200 mil por hora em caso de descumprimento.
A medida judicial passa a valer após a empresa ser comunicada da decisão. Procurada, a Enel SP informou que ainda não foi intimada da decisão e "segue trabalhando de maneira ininterrupta para restabelecer o fornecimento de energia ao restante da população que foi afetada pelo evento climático".
A decisão determina a religação em até quatro horas para as seguintes situações e locais:
Unidades hospitalares e serviços de saúde;
Eletrodependentes cadastrados junto à concessionária, cuja vida depende do fornecimento contínuo;
Instituições públicas essenciais, como delegacias, presídios e equipamentos de segurança;
Creches, escolas e espaços coletivos, especialmente em razão da realização de vestibulares e provas;
Sistemas de abastecimento de água e saneamento, como instalações da Sabesp e condomínios com bombas elétricas;
Locais que concentram pessoas vulneráveis, como idosos e pessoas com deficiência.
Para todas as demais unidades consumidoras não listadas na relação acima, o religamento da energia tem que acontecer no prazo máximo de 12 horas a contar da notificação da Enel.
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Defensoria Pública do Estado tinham ingressado na sexta com essa ação contra a Enel por causa do apagão após o vendaval. No pico, na quarta, foram mais de 2,2 milhões de clientes à luz de velas.
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Jornal Nacional/ Reprodução